Poetriceria II - O início da dor

A cabeça palpita terrivelmente. Traz, traz... Traz, traz... Forte, ritmado e entorpecedor. Abro mão do pensamento, desloco-me para a cama deste quarto escuro, frio, sombrio e sujo.
Deito-me, dobro-me. Traz, traz... Traz, traz...
Esta dor é lacinante. Abro mão do pensamento mas não me abro a ninguém. Quieto!
- Não te mexas e respira fundo, pausada e com suavidade. É o stress... - aconselhou o doutor.
Besta quadrilátera que pensa saber tudo. Não és mais nem és maior. Não te dou esse prazer, esse gozo superior. Traz... traz...
Arrrggggggghhhh!!!!!!!!!! Sou mais que este corpo, que os sentidos, que a vida!

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